sábado, 29 de outubro de 2011
Viver.
quinta-feira, 13 de outubro de 2011
Uma história de...Horror.
Sim, eu acreditei mais uma vez no amor, acreditei porque ele me convenceu, assim como me passou a perna mais uma vez. Confiei no meu coração, o escutei e escutei errado. Joguei tudo para o alto e fiz o que tinha de ser feito... Na verdade nem fiz. Achei que iria escrever sobre o cara que me tirou do fundo cama, que limpou as minhas lágrimas, que me telefonava todo dia. Tinha idéias de como iria escrever a minha história de amor, não foi bem assim que aconteceu.
Quarta-feira, dia feliz pra milhares de crianças, menos pra mim. Marcamos de nos ver no lugar de sempre, naquele drive in furreca, eu esperei cada segundo daquele dia feliz. Sete horas era o combinado, com direito a quinze minutos de atraso. Quinze minutos. 18h30h já estava só de cueca pronto pra entrar no banho, ficar cheiroso, e passa sabão, shampoo, escova os dentes e dar uma depiladinha nas... Enfim. Sou do tipo que deixo a roupa por último, corri até o guarda roupa separando uma calça que havia comprado a dois ou três anos atrás (a única que não precisava usar cinto), peguei uma camiseta e pronto, desamarroto e está tudo perfeito pra encontrar ele. Fiquei assistindo um filme antigo que passara na TV esperando ele ligar pra dizer que estava me esperando na esquina da quadra de casa. Faltando três minutos para as sete, liguei perguntando se ele havia saído ao menos de casa. Surpresa, ele estava dormindo e me atendeu com aquela voz de quase morrendo. Tentei contar até dois (três é muito tempo) o mínimo que conseguir foi meio ou quase não tive tempo de pensar em tempo. Eu achei que ele tinha mudado depois que nos deixamos, eu só achei. Respirei fundo, soltei o ar. Tornei a respirar. Fiz isso sete vezes (coincidência), na última expiração liguei e:
- Onde tu estas?
- Em casa.
- Tu ainda estas em casa? - Com a cara do bicho mais feio que existe no mundo
- Estou esperando a janta ficar pronta, to com fome.
quarta-feira, 5 de outubro de 2011
segunda-feira, 3 de outubro de 2011
(sobre)vivendo
Tentei. Tentei mais uma vez fazer (quase) tudo que eu podia pra salvar alguma relação que nós sabíamos que não daria certo se continuasse a brincar de fingir. Começamos bem e terminamos bem... Pior. Durante um mês ele mostrou que sabe dar carinho, mesmo que pedindo alguma coisa em troca, mas sabia ser homem na hora que precisou. Infelizmente ele não soube assumir seus erros como eu fiz, eu tive que dar o braço a torcer pra gente poder sair da greve de silêncio que a gente fez durante horas. Não me arrependo nenhum pouco do que eu fiz, em nenhum momento eu disse que mudaria por ele, mas eu mudei e foi a pior coisa que eu fiz quando estava ele. Ciúmes todo mundo sente, ele se tornou possessivo, ficou obcecado por algo que nem sempre era verdade, procurou motivos desnecessários pra desistir do que ele achava que iria dar certo, botou coisas na própria cabeça. Vou sentir saudade sim, quem vai ligar às sete da manhã me dando bom dia? Quem vai dizer que quer casar comigo? Ainda bem que a gente não chegou a ponto de colocar alianças no dedo, mesmo porque eu odeio anéis espalhado pela mão, e nossa vida seria bem pior do que é hoje. Não tenho motivo algum pra reclamar de alguma coisa que ele fez por mim, acho que ele não fez nada.
Nossa rotina de brigas já estava meio cansativa pra mim, ele parecia gostar, ele sempre tinha alguma coisa na ponta da língua pra falar e de imediato eu ficar com raiva. Ele sempre jogava a culpa em cima das minhas costas calejadas de carregar a culpa dos outros, mas eu fui lá, assumir o erro que ele cometera e abrir mão do que eu achava que me fazia bem. Nunca fui um santo perto de ninguém, com ele não seria diferente. Com duas semanas que a gente ficou, eu fiquei com outro cara bacana também e tive coragem de contar o que eu fiz, porque eu gostava dele de verdade. Contei porque eu queria que ele soubesse que a gente não tinha nada sério e que ele também podia fazer, mas ele achou que a gente havia prometido FIDELIDADE.
Eu realmente gostava dele, também não fiz muito por merecer, errei sim, como toda pessoa insegura erraria por não querer entregar seu coração de mãos beijadas. Acontece que nem sempre a gente pode seguir sozinho quando sequer seguir à dois, nem sempre eu ia lutar, tentar salvar o nosso relacionamento. Depois que eu contei que havia beijado outra pessoa, ele passou a não acreditar em mais nenhuma palavra que eu dissesse e isso me deixava com raiva. Fazia tipo de homem covarde, é... ele era/é covarde, não conseguia falar as coisas na minha cara, procurava meios pra dirigir as palavras idiotas e ofensivas quando brigávamos, o que não era muito difícil.
Chegou ao fim, eu desistir, abrir mão, mesmo que doesse (doeu, é claro), mas eu não podia ficar com ele. Não do jeito que ele queria que eu ficasse. Fui infantil, fiz coisas que não devia, mas ele fez um pouco pior que isso. Assumir seus erros não é humilhante, é lavagem da alma, diferente dele, que sempre queria ser o foda, o puritano, o certinho. Eu queria que ele soubesse que mesmo estando certo da minha decisão eu vou sentir saudades mais uma vez, mas prefiro não pensar em voltar atrás, não agora. O que eu preciso é aprender a (sobre)viver, preciso de morfina pra que essa dor passe, preciso esquecer do que a gente viveu e do que eu queria que a gente tivesse vivido.
"Que mesmo quando estivermos doendo não percamos de vista nem de sonho a idéia da alegria"
Pra sempre, Caio F. Abreu