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sábado, 29 de outubro de 2011

Viver.



De repente tudo voltou a ter cor, já não se vê mais aquela aparência distorcida de um preto com branco que parecia um filme de terror. Tudo mudou, mesmo que pouco, eu mudei e decidir botar os pés nos chãos e andar, independente das pedras, dos obstáculos. Aprendi a viver com o que tenho e a sobreviver com o que eu não tenho. Deixei de dar importância à esses amores do passado, quero é mais viver o amor do presente, esse que eu tenho tido por mim mesmo nos últimos dias. É, eu aprendi a me amar de uma forma um tanto engraçada, decidir aceitar que a vida é curta demais pra ficar correndo atrás de coisas e pessoas sem a mínima importância, quero viver. Não é um exercício fácil e prático viver, mas é uma dádiva experimentar a vida todos os dias. Cansei de ser aquele menino frágil, sensível, o "coitadinho", as pessoas nem ligam pra sua sensibilidade mesmo. Chegou a hora de ser eu mesmo, não que antes eu não era, mas agora é hora de amadurecer, de ter novas perspectivas, novas idéias, novos sonhos.

Chegou o instante de viver exageradamente, de procurar novos ares, de viver o amor dos seus sonhos, de pensar no futuro sem esquecer de viver o presente. O agora é o que importa, é o que eu preciso. É meter o pé na jaca e sair correndo e gritando, mostrando que você é feliz. De chamar seus melhores amigos e sair pra qualquer lugar, fazer qualquer besteira, sem se preocupar com o juízo. A vida é boa, é insana até quando não deve ser. Aproveitemos os dias maus para transformar no melhor dia.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Uma história de...Horror.

Sim, eu acreditei mais uma vez no amor, acreditei porque ele me convenceu, assim como me passou a perna mais uma vez. Confiei no meu coração, o escutei e escutei errado. Joguei tudo para o alto e fiz o que tinha de ser feito... Na verdade nem fiz. Achei que iria escrever sobre o cara que me tirou do fundo cama, que limpou as minhas lágrimas, que me telefonava todo dia. Tinha idéias de como iria escrever a minha história de amor, não foi bem assim que aconteceu.

Quarta-feira, dia feliz pra milhares de crianças, menos pra mim. Marcamos de nos ver no lugar de sempre, naquele drive in furreca, eu esperei cada segundo daquele dia feliz. Sete horas era o combinado, com direito a quinze minutos de atraso. Quinze minutos. 18h30h já estava só de cueca pronto pra entrar no banho, ficar cheiroso, e passa sabão, shampoo, escova os dentes e dar uma depiladinha nas... Enfim. Sou do tipo que deixo a roupa por último, corri até o guarda roupa separando uma calça que havia comprado a dois ou três anos atrás (a única que não precisava usar cinto), peguei uma camiseta e pronto, desamarroto e está tudo perfeito pra encontrar ele. Fiquei assistindo um filme antigo que passara na TV esperando ele ligar pra dizer que estava me esperando na esquina da quadra de casa. Faltando três minutos para as sete, liguei perguntando se ele havia saído ao menos de casa. Surpresa, ele estava dormindo e me atendeu com aquela voz de quase morrendo. Tentei contar até dois (três é muito tempo) o mínimo que conseguir foi meio ou quase não tive tempo de pensar em tempo. Eu achei que ele tinha mudado depois que nos deixamos, eu só achei. Respirei fundo, soltei o ar. Tornei a respirar. Fiz isso sete vezes (coincidência), na última expiração liguei e:

- Onde tu estas?

- Em casa.

- Tu ainda estas em casa? - Com a cara do bicho mais feio que existe no mundo

- Estou esperando a janta ficar pronta, to com fome.

Desliguei o telefone na cara dele.

Esperei com toda a paciência que nunca havia habitado dentro de mim. 19:17h, nada do filho da puta aparecer. Fui para o quarto, peguei um livro e li dezenove páginas sem parágrafos, sem pontos e vírgulas. Estava nervoso, a ampulheta da paciência tava se esgotando. Esgotou. Liguei para ele e o mesmo não atendeu então resolvi mandar aquela famosa mensagem com as seguintes palavras: “não venha mais, to sem humor, sem vontade”. Não foi bem uma surpresa, mas a resposta que obtive foi: “não iria mais mesmo, a janta ainda não ficou pronta”. Eu quis chamar todos os palavrões que existem, quis jogar meu celular na parede, quis gritar. Percebi que idiota de antes não ia mudar por mim, resolvi não mudar também. Cheguei ao ápice de ficar servindo de otário e se você vier me falar de amor, esqueça, vai soar como inglês aos meus ouvidos. Não acredito mais nisso, embora eu saiba que ele existe, mas não na minha vida, não aquele amor que todo mundo parece ter, menos você.

Me enterrei no fundo do sofá, esperando aquele idiota aparecer pra pedir desculpas ou até mesmo mandar uma mensagem, mas logo cair na realidade de que ele não tinha capacidade pra isso, claro.

Se você acha minhas histórias tristes, passe um dia no meu lugar e vai saber que se tratando de amor, de namoro, de qualquer coisa que se relacione à isso NÃO FAZ PARTE DA MINHA VIDA. Eu tentei fazer de tudo pra dar certo. Juro, eu tentei. Tentei mudar também, mas ele não me deu oportunidade. Dei-me licença, preciso ligar o meu mp3 e escutar as minhas músicas piegas e chorar porque deu tudo errado mais uma vez. Ah, me espere, eu voltarei com boas notícias.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

"...se vc me amar e eu te amar, não precisamos da aprovação de ninguém para ficar juntos, como também não precisamos assinar nenhum papel ou aceitar qualquer espécie de jogo. Não acredito que maus fluidos, por mais fortes que sejam, consigam destruir um amor bonito, limpo."

Caio Fernando Abreu

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

(sobre)vivendo

Tentei. Tentei mais uma vez fazer (quase) tudo que eu podia pra salvar alguma relação que nós sabíamos que não daria certo se continuasse a brincar de fingir. Começamos bem e terminamos bem... Pior. Durante um mês ele mostrou que sabe dar carinho, mesmo que pedindo alguma coisa em troca, mas sabia ser homem na hora que precisou. Infelizmente ele não soube assumir seus erros como eu fiz, eu tive que dar o braço a torcer pra gente poder sair da greve de silêncio que a gente fez durante horas. Não me arrependo nenhum pouco do que eu fiz, em nenhum momento eu disse que mudaria por ele, mas eu mudei e foi a pior coisa que eu fiz quando estava ele. Ciúmes todo mundo sente, ele se tornou possessivo, ficou obcecado por algo que nem sempre era verdade, procurou motivos desnecessários pra desistir do que ele achava que iria dar certo, botou coisas na própria cabeça. Vou sentir saudade sim, quem vai ligar às sete da manhã me dando bom dia? Quem vai dizer que quer casar comigo? Ainda bem que a gente não chegou a ponto de colocar alianças no dedo, mesmo porque eu odeio anéis espalhado pela mão, e nossa vida seria bem pior do que é hoje. Não tenho motivo algum pra reclamar de alguma coisa que ele fez por mim, acho que ele não fez nada.

Nossa rotina de brigas já estava meio cansativa pra mim, ele parecia gostar, ele sempre tinha alguma coisa na ponta da língua pra falar e de imediato eu ficar com raiva. Ele sempre jogava a culpa em cima das minhas costas calejadas de carregar a culpa dos outros, mas eu fui lá, assumir o erro que ele cometera e abrir mão do que eu achava que me fazia bem. Nunca fui um santo perto de ninguém, com ele não seria diferente. Com duas semanas que a gente ficou, eu fiquei com outro cara bacana também e tive coragem de contar o que eu fiz, porque eu gostava dele de verdade. Contei porque eu queria que ele soubesse que a gente não tinha nada sério e que ele também podia fazer, mas ele achou que a gente havia prometido FIDELIDADE.

Eu realmente gostava dele, também não fiz muito por merecer, errei sim, como toda pessoa insegura erraria por não querer entregar seu coração de mãos beijadas. Acontece que nem sempre a gente pode seguir sozinho quando sequer seguir à dois, nem sempre eu ia lutar, tentar salvar o nosso relacionamento. Depois que eu contei que havia beijado outra pessoa, ele passou a não acreditar em mais nenhuma palavra que eu dissesse e isso me deixava com raiva. Fazia tipo de homem covarde, é... ele era/é covarde, não conseguia falar as coisas na minha cara, procurava meios pra dirigir as palavras idiotas e ofensivas quando brigávamos, o que não era muito difícil.

Chegou ao fim, eu desistir, abrir mão, mesmo que doesse (doeu, é claro), mas eu não podia ficar com ele. Não do jeito que ele queria que eu ficasse. Fui infantil, fiz coisas que não devia, mas ele fez um pouco pior que isso. Assumir seus erros não é humilhante, é lavagem da alma, diferente dele, que sempre queria ser o foda, o puritano, o certinho. Eu queria que ele soubesse que mesmo estando certo da minha decisão eu vou sentir saudades mais uma vez, mas prefiro não pensar em voltar atrás, não agora. O que eu preciso é aprender a (sobre)viver, preciso de morfina pra que essa dor passe, preciso esquecer do que a gente viveu e do que eu queria que a gente tivesse vivido.

"Que mesmo quando estivermos doendo não percamos de vista nem de sonho a idéia da alegria"

Pra sempre, Caio F. Abreu